terça-feira, 17 de abril de 2018

O que foram as pragas do Egito?


O que foram as pragas do Egito? 



Já assisti documentários que tentavam explicar as famosas pragas do Egito como eventos naturais. As pragas definitivamente foram milagres da parte de Deus, não apenas desastres naturais. O objetivo das pragas está vinculado a uma falsa concepção de Deus por parte dos egípcios e, por causa disso, elas são enviadas para minar o fundamento da sua crença nas divindades. Em Êxodo 12.12, Deus diz: “...executarei juízo sobre todos os deuses do Egito”, e o livro de Números confirma que “contra os deuses executou o Senhor juízos” (33.4). Estudos hoje comparam as pragas à religião e aos deuses dos egípcios e sugerem que as pragas visavam desestruturar o conceito de que os deuses egípcios estavam no controle da história. O quadro abaixo ilustra esse aspecto. 



As pragas e os deuses do Egito

Águas transformadas em sangue - Êx 7.14-25 Knum - guardião do Nilo; Hapi: espírito do Nilo; Osíris: o Nilo era seu sangue 

Rãs-Êx 8.1-15 Hekt - em forma de rã, era o deus da fertilidade 

Piolhos - Êx 8.16-19 

Moscas - Êx 8.20-32 

Morte dos rebanhos - Êx 9.1-7 Hathor: deusa em forma de vaca; Ápis: deus em forma de boi, símbolo de fertilidade 

Úlceras - Êx 9.8-12 -Imotep: deus da medicina 

Granizo - Êx 9.13-35 Nut: deusa do céu; Ísis: deusa da vida; Set: deus protetor da colheita 

Gafanhotos - Êx 10.1-20 -Ísis: deusa da vida; Set: deus protetor da colheita 

Trevas - Êx 10.21-19 - Rá, Aton, Hórus: deuses do Sol 

Morte dos primogênitos - Êx 11.1-12.36 - A divindade de faraó; Osíris, o deus da vida 


O faraó pergunta: “Quem é Yahweh para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel?” (Êx 5.2). 

A julgar pelo fato de Israel ser escravo, o Deus de Israel é para o faraó um deus fraco; os deuses do Egito devem ser bem mais fortes. Na verdade, Yahweh mostra ao faraó e aos egípcios quem Ele é. Alguns entendem que as pragas estejam em harmonia com os fenômenos naturais do Egito e, portanto, todas explicáveis naturalmente. Embora algumas pragas possam, até certo ponto, ser explicadas como decorrentes de fenômenos naturais, outras estão além dessa possibilidade e só podem ser explicadas por meio da intervenção sobrenatural. Há, por exemplo, o aspecto da instantaneidade da sequência das pragas causada pela ordem de Moisés e Arão (p. ex., Êx 8.16-17). A resposta dos magos (Êx 7.22; 8.18-19) também se torna difícil de entender se as pragas são mera intensificação da sequência natural dos fatos aos quais os egípcios já estavam habituados. Outra dificuldade está em como explicar que a partir da quarta praga o povo de Israel, em Gósen, fica isento de suas consequências. Na nona praga, enquanto o território egípcio é mergulhado em trevas, “todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações” (Êx 10.21-29). 

Ao menos uma delas – a morte dos primogênitos – não tem explicação natural. Paul Lawrence, que procura interpretar todas as pragas como resultado de um processo natural, com relação à morte dos primogênitos afirma: “Esta é a unica praga para a qual não há nenhuma explicação natural, constituindo uma ocorrência inequivocamente sobrenatural”. 

Mais tarde, Deus diz que o governo de faraó tinha como finalidade demonstrar o poder de Deus e para que o nome de Deus fosse anunciado em toda a terra (Êx 9.16). Que este objetivo se cumpriu fica demonstrado pela constante repetição das pragas feita pelos filisteus cerca de quatro séculos mais tarde, na Palestina (1 Sm 4.7-9; 6.5-6).

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