sábado, 17 de fevereiro de 2018

POR QUE CANTAR A LITURGIA?




POR QUE CANTAR A LITURGIA?


Santo Agostinho narra as origens do canto litúrgico:
“Não havia muito tempo que a igreja de Milão começara a adotar o consolador e edificante costume de celebrar com grande fervor os ritos com o canto dos fiéis, que uniam num só coro as vozes e o coração. Havia um ano ou pouco mais que Justino, (…) perseguia teu servo Ambrósio, por causa da heresia com que fora seduzido pelos arianos. A multidão dos fiéis velava na igreja, pronta a morrer com seu bispo, teu servo. Minha mãe, tua serva, pelo zelo era das primeiras nas vigílias: ela passava aí horas inteiras em oração. Também nós, embora ainda fracos espiritualmente, participávamos da consternação e emoção do povo. Foi então que começou o uso de cantarem hinos e salmos como os orientais, a fim de que os fiéis não se acabrunhassem com o tédio e a tristeza. Esse uso subsiste até hoje e foi imitado pela maior parte das comunidades de fiéis, espalhadas por todo mundo” (Conf. IX,15).

Ambrósio compunha hinos para sua comunidade. O “metro ambrosiano” (oito estrofes de 4 linhas) foi exemplo para os séculos seguintes. A ele se atribui a autoria do Te Deum, que até nossos dias é preservado em nossos cultos. (Clique no vídeo para ouvir)
O canto sempre foi uma fonte de edificação e consolo ao longo da história bi-milenar da igreja. Com ele, os que não podiam ler conseguiam aprender, aquilo que parecia longo de ser lembrado esta tornado fácil à lembrança.

Hoje vivemos tempos curiosos, professores de cursinhos parecem saber muito mais a importância de se transformar os ensinos em música que a comunidade Cristã que foi a primeira a fazer disto uma escola para o Evangelho.
O canto não serve para embelezar a missa, embora também o faça.

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