segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Natal - O Grande e Terrível dia do Senhor


*Antes de seguirmos o artigo, como é de hábito, deixo um aviso quando a linguagem usada se torna um pouco mais técnica ou densa.

Temos por hábito pensar em Deus como “um cobertorzinho fofo” como já disse certa vez uma famosa, algo sempre agradável e bonito. Mas esta não era a visão de Deus que se podia esperar.

Em Jó, ele é o que narra diante do quase morto Jó toda a glória e majestade e faz o pobre homem tremer, em Moisés, ele é o dominador que destruiu o Egito e se manifestou cercado de densas e tenebrosas nuvens, com o som de raios e trovões, fazendo o monte arder como uma fornalha e suas bases tremerem, nos salmos, ele é o que deve ser beijado para que não se ire, em Isaías, Ele é o terrível diante do qual o medo da morte é uma mera sombra. No Apocalipse, ele tem os olhos como chamas de fogo e sua boca é como uma espada afiada. Sim, através de toda a Escritura, esta é a visão de Deus: Terrível!

Houve um homem nascido judeu que alegava ser, ou “o filho de”, ou ser “um com”, o Algo que é ao mesmo tempo o terrível assombrador da natureza e o autor da lei moral. É tão chocante que somente duas opiniões sobre esse homem se tomam possíveis: Ou ele foi um lunático do tipo mais abominável, ou, foi, e é, precisamente aquilo que afirmou. Não existe meio termo. Se a primeira hipótese for inaceitável, resta somente a segunda.

E se fizer isso, tudo o mais dito sobre ele torna-se verdadeiro – que seu nascimento e que sua morte, de maneira incompreensível para a mente humana, produziu uma real mudança em nossas relações com o terrível e justo SENHOR. modificando essa relação em nosso benefício.

O cristianismo não é um debate filosófico sobre as origens do universo: mas um evento histórico catastrófico que se seguiu ao longo preparo espiritual da humanidade.

E se Deus se fez carne, como nós somos carne e sofreu, então não se trata de um sistema no qual temos de encaixar o fato embaraçoso do sofrimento. Num certo sentido, este fato do natal abraça, em lugar de resolver, a questão do sofrimento humano, pois este não seria um problema a não ser que, lado a lado com nossa experiência diária deste mundo sofredor, tivéssemos recebido o que julgamos ser uma boa certeza de que a realidade final é justa e plena de amor. E quando chegamos ao último passo, a Encarnação histórica, a segurança é a mais forte de todas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário